A gaúcha Giovana Duval, 33 anos, é uma das responsáveis pelo jet bronze preferido de atrizes como Juliana Paes e Fernanda Souza e influencers como Thássia Naves e Camila Coutinho: o Bronze da GG.
A técnica artificial garante uma cor homogênea e natural à pele, sem aquele aspecto alaranjado. O negócio, que tem sede em Porto Alegre, estourou no Brasil nos últimos dois anos, com 34 unidades parceiras espalhadas em 32 cidades do país.
Giovana morou mais de uma década na Califórnia, nos Estados Unidos. Em Los Angeles, trabalhou em uma empresa especializada em bronze artificial. Foi quando conheceu Jimmy Coco, celebrado como Tanner of the Stars (bronzeador das estrelas) e quem a colocou no mercado.
Ela passou a ter uma clientela famosa, que incluía nomes como Avril Lavigne, Jennifer Aniston e Jessica Biel. A mais fiel, no entanto, era Ariana Grande. Giovana foi escalada pela cantora para acompanhá-la na turnê Honeymoon, em 2015:
– Ela fazia bronze quase todos os dias, queria estar sempre com a cor atualizada.
Ao voltar para Porto Alegre, após ser pedida em casamento há dois anos, Giovana quis se manter no ramo e criou o Bronze da GG, em parceria com a amiga e hoje sócia Débora Dias. A ideia era desenvolver um produto que tivesse uma coloração uniforme, sem o cheiro característico dos bronzeadores artificiais derivados da dihidroxiacetona (DHA) e sem aquele alaranjado, dando um tom dourado à pele. A experiência no Exterior a ajudou a desenvolver a fórmula que aplica hoje.
Além das substâncias autobronzeadoras, como dihidroxiacetona e eritrulose, o produto criado pela gaúcha possui hidratantes como aloe vera e glicerina e antioxidantes como vitamina E. O jato também desenvolve uma cor com os aminoácidos e melaninas da pele da cliente. Ou seja, cada pessoa terá o seu próprio bronze e é exatamente isso que torna o resultado tão único e natural.
– O nosso diferencial é que o produto se ajusta à pele de cada pessoa – explica Giovana.
Dicas e cuidados
Esfolie bem a pele antes do procedimento
A esfoliação é necessária para garantir o resultado homogêneo do bronze. A depilação também deve ser feita de véspera. No dia em que fizer o bronze, evite estar com maquiagem ou cremes, que podem ser uma barreira para que o produto fixe na pele.
Capriche na hidratação
Após o bronze, espere no mínimo seis horas para tomar banho. Passado esse período, evite esfoliantes: opte por lavar a pele com sabonete líquido e não use buchas ou esponjas. E, claro, reforce a hidratação.
– Hidrate bem, usando cremes, não óleos, e bebendo bastante água, porque a hidratação interna também é importante. Com isso, além de durar mais, o bronze sai homogêneo – diz Giovana.
A duração média do tom na pele é de sete dias, mas esse período varia muito conforme o estilo de vida de cada pessoa.
Quem pode fazer
Não há contraindicações: o bronzeamento a jato só é prejudicial se a cliente tiver alguma reação alérgica a algum componente da fórmula.
– O produto é hipoalergênico e o tingimento ocorre na camada superficial da pele – explica Gigi.
Por que o jet bronze é mais seguro
O jet bronze se dá dentro de uma cabine, por meio de máquinas que pulverizam o corpo ou com uma espécie de pistola. É a técnica indicada pelos dermatologistas.
– No Brasil, a gente tem o hábito de ficar torrando no sol, mas isso não é bom pra saúde da pele – afirma Giovana.
Segundo a médica-dermatologista Vanessa Santos Cunha, diretora da secção gaúcha da Sociedade Brasileira de Dermatologia, entre o jet bronze, o sol e a câmara de bronzeamento, a primeira opção é mesmo a mais segura. A última é proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
desde 2009.
– Nas câmaras de bronzeamento, a emissão de radiação ultravioleta não é mensurável e pode ser ainda mais prejudicial que se expor ao sol, diretamente – explica a especialista.
Donna testou: “Como a técnica me conquistou”
Sou uma branquela assumida. Amo estar bronzeada, mas ficar sob o sol exige muita paciência e tempo, é claro. Já tive boas experiências com autobronzeadores, mas confesso que tenho um pouco de preguiça de espalhar o produto pelo corpo, e o cheiro também me incomoda.
Pois bem, fiz jet bronze uma vez na vida. Há oito anos, para a minha formatura, resolvi testar a técnica. Mas foi uma decepção. A cor ficou muito escura, e a cerimônia era no dia seguinte. Tomei mais de três banhos pra ver se o produto saía um pouco. Em resumo, o resultado foi bem desagradável. Depois disso, nunca mais. Bronze só sob o sol. E haja vontade para torrar!
Chegando ao estúdio da Giovana, na zona norte de Porto Alegre, confesso que fiquei insegura novamente. Lembrei da minha primeira experiência e temi ficar como o Ross Geller (fãs de Friends entenderão). A fórmula da GG tem três tons: claro, médio e escuro. Escolhi o médio. A aplicação custa R$ 160. Entrei na cabine e me concentrei para seguir as instruções: “abra bem os braços, cuide para não encostar na parede, levante as mãos pra cima, estenda os dedos, empine o bumbum, agache a perna, agora a outra, feche os olhos. Em menos de três minutos de jatos no corpo todo, eu estava pronta. Mais cinco minutos para secar o produto, e deu.
O resultado aparece na hora. Saí já bronzeada do salão, mas a cor se intensifica ao longo das seis horas seguintes, antes do banho. Notei que a minha panturrilha, especialmente, ficou muito escura, bem mais que os pés, por exemplo. No banho, saiu uma água marrom que até assustou – você acha que o bronze inteiro já era. Mas era apenas uma maquiagem superficial, me explicou a Giovana. Depois da primeira lavagem, a cor fica homogênea. Parecia que eu havia passado um final de semana na praia – e sem tomar torrão.
A minha dica principal é: vá com uma roupa bem soltinha. Eu estava de t-shirt e saia, e era um dia de muito calor. Como suei bastante, deu uma manchada, mas nada que não saísse na primeira ida para a máquina de lavar.
Fonte: Gaucha ZH